Tenho um olhar displicente à disciplina do prazer…
Meu prazer é instante, é volátil, sem regras, sem castigo ou rigor...
Meu prazer é inenarrável, sem medidas, sem memória...
Num segundo vem e em outro já se foi...
Não há pequenos prazeres, como não há os grandiosos...
Muito menos os insidiosos...
O prazer é certo nas pequenas coisas, nas grandiosas também...
É prazeroso quando vem fácil... Às vezes é difícil, mas vem.
Não há classificação, nem hierarquia para os tipos de prazer...
Prazer é reflexo da alma. Ou se tem ou não se tem...
É então uma regra acertada que todos tenham prazer?
Nem isso é disciplinado... Há aqueles que o abominam...
Há também os que fazem dele uma meta...
Há ainda os que o negam...
Ou os tem e muda seu nome: alegria, pecado, felicidade, luxúria...
Tem os que o acham feio, impróprio...
E os que o acham lindo, paradisíaco...
O meu prazer é assim: sem nome, sem medidas, sem rótulos, sem memória...
Inenarrável, inédito, volátil e por isso, infinito...
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