Hoje venho aqui com uma braçada de flores perfumadas
Coloco-me de frente ao mar e canto esta canção que é pra ti
Em uníssono à sinfonia das ondas e com o refrão do vento
Cada passo meu na areia é apagado pelas lânguidas águas
A beijar meus pés em carícias esquecidas num canto qualquer
As flores que jogo ao mar, voltam-me tristes, rolando despetaladas
Sonhos destroçados, resquícios de desencontros e palavras perdidas
Sento-me rodeada de pétalas de rosas e misturo-me ao mar
E ele mistura-se a mim em lágrimas salgadas que brilham ao sol
Ah... O sol...
Reluz o sal do meu olhar, aproveita-se dos meus olhos ardidos
E rouba-me, num descuido da minha tristeza, um tímido sorriso
Cantei pra ti, o vento fez troça, o mar não gostou e a areia se riu
Apenas o sol... Ah, o sol...
Apenas o sol suspirou e ouviu inteira esta canção que era pra ti
E sabendo-me sem resposta, veio silencioso e aqueceu meu coração
Cantei tua canção e fui embora. Talvez nem a canção esteja por lá
Ou o vento a levou, ou o mar a tragou ou perdeu-se nas areias
Na volta pra casa, só o sol e minha voz sem canção, na bagagem...
Tua canção e saudades de ti, deixei-os na praia, de frente ao mar...
luciasukie
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